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2012 FIEP BULLETIN
Capítulo IX
Depoimentos
Com muita satisfação presto este depoimento sobre a pessoa do ilustre Professor Coronel Jacintho
Francisco Targa.
Ele foi um foi grandes lideres da Educação Física no Estado do Rio Grande do Sul, estudioso, reto,
correto e ético, exerceu com brilhantismo sua missão como professor e diretor da hoje Escola de Educação
Física da UFRGS.
Tive a honra de ser seu aluno e depois colega no corpo docente desta Escola e na Associação dos
Especializados em Educação Física, hoje APEF/RS.
POA, 1º /O6/2011
Prof. Washington Gutierrez
Professor de Pedagogia da Educação Física na ESEF-RS, atual ESEF-UFRGS, Jacintho Francisco
Targa, inteligente, apaixonada pela Educação física e conquistador dos alunos para a valorização da área. Muito
exigente iniciava as aulas exatamente às 07:15 horas da manhã. A maioria dos alunos, como nós, não tinham
carro, iam de ônibus, atrasando-se. O professor Targa trancava a porta e não deixava entrar. Quase no final do
ano de 1965 todos estavam em aula e o professor não chegava. Após um rápido debate sobre a questão de
horários, fechamos a porta, pois se o horário era para a turma também o deveria ser para o professor. De repente
o trinco girou, todos estremeceram e agora! Batidas fortes na porta e todo quietos, silêncio... percebe-se e
afastamento do professor e minutos após retorna com o Diretor. Como se havia passado o 1º período (que era
quando ele deixava entrar quem não estava na sala às 07:15, abrimos a porta). Ameaças de suspensão pela
Direção... Professor Targa pediu desculpas pois havia furado um pneu do seu carro e lecionou a aula
normalmente.
Na aula da semana seguinte as 07;15 horas exatamente, o professor Targa trancou a porta.
Arno e Dircema Krug, 1965.
Já professores universitários, fundadores do curso de Educação Física de Cruz Alta/RS querendo
bastante qualidade na formação, fomos a Porto Alegre/RS conversar o professor Targa para nos auxiliar
relativamente no como conduzir um bom curso e relacionar-se bem com a IES. Recebidos cordialmente pelo
professor em sua casa no Menino Deus, colocamos as nossas dificuldade de exigências , pois nós e outros
Esefianos tínhamos adotados nas nossas aulas, entre outros, ele como modelo. O professor Targa ouviu as
nossas ponderações e após nos parabenizou pelas intenções ressaltando, no entanto, que estávamos
trabalhando em uma instituição privada, tinha dono, e dessa forma, interesses financeiros e apadrinhamentos
iriam ocorrer. Deveríamos ser sim e buscar todas condições para desenvolver a qualidade que queríamos no
curso. A nossa relação com a IES era de empregado e de empregador, apenas amparados nas nossas
competências e as ações poderiam ser conflituosas mas, deveríamos persistir nas exigências frente aos
dirigentes. Ao final nos parabenizou por adotamos o modelo baseado na ESEF, colocando-se à disposição para
orientar outras ações, manter qualidade mesmo com as particularidades da IES e lutar muito mais pela causa da
valorização da Educação Física como profissão.
Arno e Dircema Krug, 1972.
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